terça-feira, 24 de novembro de 2009

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Contexto


olhar em cada um uma
palavra
e
saber
o texto por completo
mas não
ler
a própria
testa rabiscada
quietos

domingo, 1 de novembro de 2009

domingo, 11 de outubro de 2009

Era


Fazer do tempo pouco, tempo suficiente.
De não vai dar tempo, vai dar tempo.
Dos minutos, anos.
Intenso.

De hoje, uma vida.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

sábado, 5 de setembro de 2009

linha tensionada


nasminhasúltimashorasdevidameapaixono
oidigologooieentaoumcaféumacervejaqueriavinho
-naodeounaprimeiranoite-
quandotodanoiteé
primeiranoite
ostelefonesnãotocam





dormimos, os dois, sozinhos.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Aaah...


Noite de gozo. A libido sendo levada ao ápice. Me faz dormir melhor.
Espero que sonhando eu reviva. Uma e outra e outra vez.
Amanhã já não terei nome.

sábado, 22 de agosto de 2009

O olhar

A visão, de todos, é o sentido que mais me causa medo.
A visão é vazia.
Quando ouço, ouço tudo que chega aos meus ouvidos de todos os lados.
Quando sinto, sinto tudo que me toca, não importa a direção.
Quando vejo não. Tenho medo do que vi e não consigo mais ver. Tenho medo daquilo que passou como um vulto e então se escondeu.

Não tenho medo do que não pode ser ouvido, já que não conheço.
Tenho medo apenas do que já vi.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Fantasia


Noite. Fantasia. Palhaço. Festa.
Dia. Sono. Casa. Chave. Sumiu.
E já que estava na rua, com minha cartola verde e minha calça de meia perna cortada, quis rir. Bom dia a todos! Feliz!
Noite. Achei. Casa. Chave. Blog. Cama. ( ).

domingo, 26 de julho de 2009

Sem cicatrizes


nasci hoje.
me disseram o que era eu.
talvez fosse.
sei mesmo é que talvez o que guia seja o que eu não conheço.
tudo que eu vejo é mostrado por uma tela, ligada a um vídeo. nela tudo é editado,
por mim.

talvez eu seja mais do que um dia, nascido de um pai e uma mãe.
talvez não.
talvez nem o parto me deixou marcas.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Releitura


não sei o que eu estava pensando quando escrevi o texto anterior.
ele não é real, não sou eu.
pelo menos agora.
serei?

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Jogando frases


Acabei de dar aula de X, na faculdade M e chegar em casa.
Vou escrever logo antes que durma e esqueça.

na aula disse aos alunos algumas frases da peça A Alma Imoral:
"O cavalo
que se sabe cavalo
não é cavalo.
O macaco
que se sabe macaco
não é macaco.
A cobra
que se sabe cobra
não é cobra."

então eu segui:
"o homem que não vê tudo e sabe que não vê tudo, de alguma forma, vê aquilo que não vê. O homem que vê tudo e sabe que tudo o que vê não é tudo o que é, de alguma forma, vê o que não vê. O homem que vê tudo e sabe que tudo que vê é tudo não vê que tudo que vê não é tudo o que é."


Pena que não pude contar a história do homem tolo, que era tão tolo que nunca conseguia se organizar e achar suas roupas ao acordar. Era tão difícil para ele que antes de dormir já se sentia triste pela manhã de busca frustrada que viria ao acordar. Certo dia ele pegou uma folha de papel e escreveu nela o local exato e detalhado de cada peça de roupa. Ao acordar no dia seguinte, pegou o papel e logo encontrou o chapéu e disse: chapéu! encontrou o camisa e disse: camisa! E assim se vestiu por completo e então se olhou no espelho. Faltava alguma coisa. Faltava ele. Não se encontrava, não importa quanto procurasse, nas suas normas bem estabelecidas naquele pedaço de papel não constava o local do seu eu.

Complicado, então, no metrô, lembrei de uma última parte:
"A maior solidão é a de não encontrar a si mesmo."

_Postagem de autoria desconhecida

domingo, 19 de julho de 2009

Primeiro




A vocês dou o começo.
Um dia darei o fim.

O que lêem aqui é um resquício transformado em outra coisa qualquer de alguma concepção minha.